02 dezembro 2010

TERAPIA DO AMOR I

A constelação familiar foi uma técnica terapêutica que complementou meu tratamento da depressão. Sem ela demoraria mais para pegar as rédeas da minha vida e melhorar dessa doença chata, que nos deixa como se fôssemos bexigas murchas. Na Revista Bons Fluidos de novembro de 2010, saiu um artigo excelente que explica bem o que é tal terapia. Ainda bem, porque eu mesma nunca consegui organizar os pensamentos de modo inteligível a respeito da Constelação, agora tudo ficou mais claro! Segue trechos do artigo e quem puder experimente, garanto que você se surpreenderá!

"REFAZENDO A TEIA DO AMOR"
Por Thays Prado

"Uma rede pode ser definida como uma série de pontos ligados entre si. O que acontece a um ponto se reflete no conjunto. Cada família é como uma rede cujos membros estão conectados. Mesmo que não queiram, mesmo que alguns deles briguem e nunca mais voltem a se falar, ainda que nunca se conheçam ou até depois de terem morrido. É nisso que se baseia a Constelação Familiar, uma ferramenta terapêutica desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger, hoje com 85 anos.
Se em algum momento da história de uma família, desde sua origem, houve guerras, mortes prematuras ou trágicas, abusos sexuais ou morais, exclusão, abandono ou rejeição de um membro, complicações durante o nascimento de uma criança, morte de uma mãe no parto ou qualquer outro acontecimento que tenha provocado um sofrimento significativo, esses eventos certamente deixaram suas marcas no sistema familiar. E quem não tem uma história dessas? O problema é que, se não forem resolvidas, essas questões se farão presentes, de alguma forma, na vida de outros integrantes, em gerações futuras.
Elas podem aparecer de diversas maneiras, não há regras. Às vezes, é uma inabilidade em lidar com dinheiro, uma dificuldade para se manter no emprego, a repetição de relacionamentos amorosos que sempre acabam muito mal, uma sensação geral de incapacidade diante da vida, um conflito com alguém da família, uma dor insuperável pela perda de um ente querido, uma tristeza profunda e recorrente, entre muitas outras manifestações.
Bert Hellinger chama isso de emaranhamento: alguém revive, inconscientemente, o destino de um familiar que viveu antes dele. Mas por que uma pessoa que não tem nada a ver com aquele acontecimento do passado resgata esse tipo de informação? "Para que a ordem seja restaurada no grupo", responde Hellinger. "Não é que alguém escolha deliberadamente passar por isso, e nem há um caráter de punição", esclarece o terapeuta Eduardo Tedesco, que acrescenta que "o sistema está apenas buscando restabelecer duas leis primordiais que, segundo a Constelação, regem o campo familiar: a lei do pertencimento e a ordem de amor."

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