20 fevereiro 2009

SUICÍDIO PRA QUÊ?

Nunca acreditei que se me matasse a depressão acabaria, sempre tive uma certeza, na qual só posso acreditar aos prantos, que tudo continuaria igual: o mesmo mal estar porém sem ter a distração da matéria ilusória e perene. O mal estar em seu estado puro, potencializado. Então comecei a buscar informações. Inconscientemente estava a fim de achar as que se encaixassem no que eu já sentia e sabia, aquele saber da alma que nada tem de intelectual.
Quando assisti aquele filme "Quem somos nós?", sem nem saber quem era eu, tive uma resposta lógica para a minha mente, assim ela e a alma ficaram em paz por um tempo. Depois desse filme livros sobre a existência e energia começaram a chegar em minhas mãos, me confortando: livros de Robson Pinheiro e Robert Happe. Logo em seguida livros sobre reforma íntima e insatisfação de Wanderlei S. de Oliveira, livros sobre depressão do ponto de vista espiritual e energético e nesse meio tempo livros de Osho, do qual havia ouvido falar no curso de interpretação para cinema, devido a meditação ativa. Amei Osho! Me identifiquei demais com seus escritos, o que me levou a me interessar por meditação, afinal ele dizia em um de seus livros que chega uma hora na vida de certas pessoas que ou elas enlouquecem, ou se suicidam ou vão meditar. Optei pela terceira alternativa e iniciei o treino da meditação. Li a respeito e lá fui eu. No início não conseguia ficar um minuto sentada somente respirando, tinha faniquitos! Começava a sentir uma coceirinha no nariz, que descia para os ombros, uma coceirona insuportável que me fazia me mexer enquanto que minha mente parecia uma hélice frenética de helicóptero e a sensação era exprimida pela frase: "que porre!". Mas... ou treinava a meditação ou me mataria e depois de muita insistência e muitos chiliques descobri que Osho estava certíssimo! Ainda tenho vontade de me jogar da janela de vez em quando, mas acredito que se continuar na meditação um dia passa, afinal antes pensava em me matar a todo momento: pensava que podia ser baleada na rua, cair em um precípício, ser atropelada por um carro forte. Hoje em dia esses pensamentos não aparecem mais. A meditação me salvou!

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